Postagem do Facebook em 03/12/2018


Dia 03/12 de 2015… um dia qualquer de trabalho …
data marcada por minha decisão de mudar a vida.
Nesse dia eu, estava atrasada para o trabalho quando minha empregada chegou em casa. O kle e o Arthur dormiam.
Ao sair, olhei para ela e disse: como eu queria ser você … poder curtir minha casa, meu marido, meu filho …

Fui o caminho todo pensando que isso tinha que mudar, que eu tinha tudo e não era feliz. E que bom que pensei isso.

Mudamos para a Itália em 2017, e nesse ano, me apresentei ao meu filho como sua mãe.
Eu tinha muito medo. Não tinha medo de trabalhar, eu domino minha profissão, mas descobri um medo insano de ser mãe é uma necessidade imensa de “terceirizar” esse ofício por achar que eu não seria capaz. Medo do fracasso ser meu.
Como se pudesse haver outro culpado além de mim e de meu marido. Eu até ali, fugi do que me pertencia pagando minha parte com trabalho.

Eu não esperava que seria tão mágico, lindo, enriquecedor conhecer meu filho.

Hoje, convivendo e educando diariamente ele, temos altos papos. Sei como ajudá-lo com o estudo, porque pude observar que ele aprende melhor por repetição. Entendi que quando ele está sob pressão e gritos, ele trava, e assim não consegue escutar ou aprender. Que ele desfoca quando está cansado. Que ele é amoroso, mas quando está com raiva precisa de um momento a sós. Que ele me diz a verdade mesmo quando está errado. Que ele precisa ter uma frases de impacto para ter um norte do tipo “a gente sobrevive daquilo que tem” (mantra que eu criei quando chegamos porque ele criticava tudo que não tinha aqui na Itália e tinha no Brasil), que ele precisa entender para obedecer, enfim tantas coisas que seriam impossíveis de saber sobre ele (e ele sobre mim) se não estivéssemos verdadeiramente convivendo juntos. E isso não haveria dinheiro no mundo nem sucesso que me proporcionasse.

Texto grande né, mas do fundo do meu coração, eu só gostaria que as mães que me leem pudesse meditar por um minuto sobre o importante papel que exercem e como exercem isso.
Eu garanto: cansa muito ser mãe, educar, estar perto, cuidar. Cansa mais até que trabalhar fora liderando uma grande equipe. Mas vale muito a pena poder saber que você teve a oportunidade de verdadeiramente conhecer seu filho, ensinar e aprender, e que isso é para toda a vida. Eu agradeço a Deus todos os dias e renuncio a qualquer coisa para hoje poder acompanha-lo de perto. E dar alicerce para que ele cresça, se conheça o suficiente para não depender de nós para ser alguém. Que sejamos sim parceiros e que ele saiba que pode confiar no nosso lar.

A decisão não foi fácil. Continuo trabalhando e inclusive ajudando outras pessoas a conseguir essa mudança 360graus. Mas agora de casa, cuidando juntamente dele que precisa de mim tanto ou mais até que os outros de fora.

#papodeanalista
#coachvivianesiqueira